Teatro: “O Trabalhador e o Patrão”
Refrão: Quem é que enrica mais é o trabalhador ou o patrão?
O trabalhador fica bem pobre e o patrão fica ricão.
Fazendeiro: Você quer ganhar dinheiro,
Então venha comigo.
Lá tem casa tem salário,
Não tem nenhum perigo
E se trabalhar bem muito,
Pode até ficar bem rico.
Trabalhador: Pois eu topo sim, senhor,
Trabalhar, ganhar dinheiro.
Espera só um pouco
Que eu vou muito ligeiro
Vou despedir da família
Pois eu sou muito guerreiro.
Amigo: Amigo, não caia nessa,
Que isso é uma furada,
Lá eles bota pra roçá
E salário eles não paga
Ainda tem uns caboclos
Que anda de mão amarrada.
Trabalhador: Adeus mulher, vou trabalhar
Ganhar muito dinheiro
Pra vocês poder sustentar
Trabalhador: (já na fazenda) Cantineiro eu vim saber
Quanto eu fiquei devendo
Pois hoje vou receber
Por isso to te dizendo
Que eu vou pagar tudinho
O que aqui fiquei comendo
Cantineiro: Cabra tu vai receber
Só se for de um jeito,
Limpar mais dez alqueires
Depois do trabalho feito
Se vier cobrar de novo
Vai ganhar um tiro no peito
Trabalhador: Moço eu tenho família
Que precisa se alimentar
Ou me paga ou vou embora
Aqui é que não vou ficar
Cantineiro: Espera aí seu atrevido
Que um jeito vou lhe dar
Que se dane sua família
Para o além vou te mandar. (atira no trabalhador)
Grupo móvel de fiscalização: Rapaz tu não conhece
O direito de um trabalhador?
Vai saber agora
Por que o escravizou?
Cantineiro: O cara era um preguiçoso
Só pensava em remuneração
E só fiz o que era certo
Por ordem do meu patrão
Grupo móvel de fiscalização: Você e o seu patrão
Não fizeram nada direito
Escravizou um cidadão
Por isso agora vão presos.
Refrão: Quem é que enrica mais é o trabalhador ou o patrão?
O trabalhador fica bem pobre e o patrão fica ricão.
Todos os atores de mãos dadas: Fiquem de olhos abertos para não virar escravo.
Olá, pessoal! Fiquei muito interessada de saber mais sobre o trabalho de vocês pois sou pesquisadora do Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo da UFRJ. Trabalho junto a Professora Adonia Prado da Faculdade de Educação e do Professor Ricardo Figueira que conhece a fundo o Trabalho Escravo Contemporâneo no Brasil. Seria interessante fazer uma parceria com todos os sujeitos engajados pela erradicação do trabalho escravo, no Brasil. Eu e a professora Adonia, em particular, pesquisamos sobre Educação e Trabalho Escravo, no âmbito dos Direitos Humanos. Caso interesse o contato, meu e-mail: lu.darrochella@hotmail.com. Obrigada
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